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LABIRÍNTICAS: VENEZA COMO EMPIRIA PARA UMA RAZÃO CEGA

LABYRINTHS: VENICE AS EMPIRICAL EXPERIENCE FOR A BLIND REASON

LABYRINTHIQUES: VENISE TELLE UN EMPYRÉE POUR UNE RAISON AVEUGLE

A reflexão sobre o cotidiano urbano é um convite a se perceber, por entre as frechas do poder constituído e da razão disciplinar, as formas insubmissas e poéticas de apropriação do espaço urbano através do que Michel de Certeau chamou de tática como a arte do sem-poder. A problemática sugerida implica, nos marcos dos estudos urbanos, sermos capazes de desocultar uma cidade vívida, que por vezes habita sob as cidades planejadas e técnicas. Por essa razão, este artigo adota a emblemática cidade de Veneza como experimento de uma empiria para uma razão cega, porque ela é, em muitos aspectos de sua contraditória vida ordinária, uma espécie de anticidade em meio a fluxos globais de pessoas, bens e capital em que está inserida.

Espaço urbano; Tática; Veneza; Cotidiano


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