O artigo analisa, a partir de dois corpus textuais distintos - a obra de Jorge Amado e uma certa literatura tradicional de exaltação da "cultura baiana" -, a cristalização de uma determinada leitura ideológica da Bahia como comunidade imaginada e o papel desta leitura na constituição do Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, como locus importante desta Idéia de Bahia. O caráter ideológico desta leitura revela-se como solucionando, no plano discursivo, contradições e desigualdades raciais que permanecem sem resposta no plano das relações sociais concretas.
Pelourinho (Centro Histórico de Salvador); Comunidade imaginada; Ideologia; Bahia; Jorge Amado