Apresento aqui a abordagem indígena do Bem Viver e sua relação com o socialismo indo-americano - na linha de Mariátegui-, em busca de um horizonte para a superação do capitalismo e de seus pressupostos, trabalhando na dupla dimensão política e epistêmica dessas propostas. Analiso as expressões indígenas do Bem Viver e seus elementos comuns: o dilema de sua relação com o desenvolvimento; o relacionamento com outras abordagens latino-americanas nessa linha, especificamente com a proposta de Mariátegui, e o valor da abordagem epistêmica por sua originalidade e potencial revolucionário. Pretendo contribuir para a reflexão sobre a relação entre as propostas latino-americanas que propõem uma maneira de superar o capitalismo em nossa região. Trabalho com material de entrevistas realizadas com movimentos indígenas equatorianos em diálogo com material bibliográfico.
Palavras-chave:
Bem Viver; Socialismo indo-americano; Mariátegui; Movimentos indígenas; América Latina