O objetivo deste artigo é analisar como as novas configurações do empreendedorismo tecnológico, sobretudo seus novos arranjos territoriais e espaciais, influenciam as formas de organização do trabalho e a experiência dos trabalhadores, tendo como recorte o setor de tecnologia da informação (TI). A proposta insere-se na discussão sobre a flexibilização do trabalho nas últimas décadas, que compreende novos arranjos espaço-temporais do trabalho, novas estratégias de controle e a demanda de um novo perfil de trabalhador, que mobilize recursos subjetivos no desenvolvimento de sua atividade. A pesquisa se desenvolveu no chamado ecossistema de empreendedorismo tecnológico que vem se estruturando na cidade de São Carlos-SP, apelidada de “Capital da Tecnologia” e “Vale do Silício brasileiro”. Foram realizadas visitas a empresas (sobretudo startups) e espaços de trabalho compartilhado, observação de situações de trabalho, e entrevistas semiestruturadas com trabalhadores e empreendedores de TI.
Palavras-chave:
Trabalho flexível; Espaço de trabalho; Empreendedorismo tecnológico; Tecnologia da informação (TI)