O estudo aborda o projeto editorial da Revista Brasileira em sua terceira fase (1895-1899), levando em conta seus aspectos materiais, como o fato de ter sido financiada por uma sociedade anônima (algo não contemplado em sua bibliografia). Dirigida pelo crítico literário José Veríssimo como uma plataforma eclética de ideias, a Revista correspondeu aos anseios de autonomia dos intelectuais (que botaram de lado a política para convergir na divergência). Assim, fundaram a Academia Brasileira de Letras a partir da publicação, cuja proposta editorial espelhou, ainda, o projeto literário que Veríssimo compartilhava com Machado de Assis: brasileira, mas não nacionalista, pretendia-se cosmopolita, em diálogo não reverente com literaturas e tradições editoriais do exterior. O objetivo era criar um movimento que desse relevância intelectual ao Brasil. Aponta-se para a importância de se observar a imprensa de então em suas esferas transnacionais, e a crítica nos circuitos da rede discursiva.
Palavras-Chave:
Revista Brasileira; Crítica literária; Cosmopolitismo; José Veríssimo