Considerando-se que noções como antropocentrismo e animismo são inapropriadas para dar conta da relação entre humanos e animais nos sistemas sociocosmológicos indígenas, este artigo confronta a visão antropológica da distinção natureza e cultura com materiais etnográficos provenientes de uma sociedade tupi, os Juruna. Procura-se mostrar como os Juruna discordariam de antropólogos e que entre eles essa distinção vigora em um regime contra-hierárquico e perspectivista.
Teoria antropológica; Natureza e cultura; Tupi; Juruna; Animalidade