Contando com a justiça, as organizações internacionais de direitos humanos que trabalham para abolir a pena de morte freqüentemente tratam da questão se suas estratégias fortalecem a dominação imperial. O presente artigo analisa como abolicionistas, comprometidos com uma causa moralmente justa, comemoram vitórias mesmo quando, de outro ponto de vista, suas ações lhes tornam cúmplices em minar o poder constitucional de Estados política e economicamente fracos, os quais, embora inadequadamente, apóiam seus cidadãos em outras lutas pela liberdade e pela justiça. Não tendo poder suficiente para resistir às restrições, na medida em que se expande a infra-estrutura classificatória internacional, cada vez menos pessoas em Estados fracos possuem a autoridade de participar na elaboração das classificações que moldam as visões de interação humanitária no interior de populações e entre elas, e têm que decidir se os direitos conquistados valem o preço da perda da liberdade cognitiva.
Barbados; Ativismo; Pena de Morte; Classificação; Imperialismo