Resumo
Enfoques relacionais estão no coração do debate contemporâneo sobre diversas modalidades de engajamento cívico. Seja na agenda de estudos sobre confronto político ou nos estudos sobre instituições participativas, tornou-se comum a defesa de abordagens relacionais que permitam compreender as complexas dinâmicas da participação política em sua processualidade. Este artigo contribui para esta agenda. A partir da contextualização de algumas das bases da virada relacional ao longo século XX, e enfocando, sobretudo, a centralidade da linguagem para estas abordagens, o texto avança na proposição do conceito de âmbitos interacionais como um operador interessante para análises empíricas. Ainda que a noção dialogue fortemente com a ideia de arenas, ela salienta elementos linguageiros da relação ao trazer para frente a ideia de contratos comunicativos.
Palavras-chave:
Âmbitos Interacionais; Contratos Comunicativos; Abordagem Relacional; Movimentos Sociais