Este estudo compreende uma retrospectiva histórica das políticas e do mercado setoriais da saúde no Brasil ao logo do século XX, buscando reconstruir as bases para o surgimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de pesquisa não sistemática de bibliografia, bancos de dados e relatórios de pesquisa nacionais e internacionais sobre o sistema de saúde brasileiro, as autoras analisam, à luz de contribuições do marco teórico do neo-institucionalismo histórico, as arenas institucionais e as relações específicas entre pagadores, provedores e credores relevantes para as sucessivas configurações adquiridas pelas políticas de saúde e o sistema de saúde brasileiro. Arranjos institucionais resultantes das relações entre sucessivos atores políticos parecem ter tido um papel relevante na configuração da oferta de serviços de saúde e para os limites e desafios com que se depara o SUS.
Políticas de saúde; Setor de saúde; SUS; Arranjos institucionais; Serviços de saúde