Resumo
Este artigo examina como brasileiros remodelaram suas rotas migratórias internacionais para o “Primeiro Mundo” após os ataques de 11 de setembro. Ele explora as conexões entre a suspensão temporária da migração brasileira para os Estados Unidos e a ascensão do Reino Unido como principal destino. Para lançar luz sobre a produção de novas rotas migratórias, buscou-se compreender como essas viagens são realizadas individualmente com o intuito de superar o regime de fronteira do Reino Unido. Nesse sentido, os dados empíricos que fundamentam esse argumento são provenientes de uma abordagem etnográfica qualitativa, que incluiu trabalho de campo no Reino Unido e no Brasil (entre 2010 e 2016). Ademais, contou com entrevistas focadas em história oral conduzidas com migrantes, agentes de viagem e retornados. Com base nisso, o artigo explora como migrantes desenvolveram mobilidades táticas de fronteira migratória com o intuito de superar regimes migratórios.
Palavras-chave:
Migração brasileira; 11 de setembro; regimes de fronteira, rotas migratórias