Este artigo procura explicar a influência da produtividade agrícola sobre o emprego, renda e bem-estar de economias abertas utilizando uma extensão ao modelo do Matsuyama (1992). O modelo originalmente proposto difere do modelo aqui apresentado em relação a duas suposições básicas. Primeiro considera-se que a dinâmica da economia está condicionada a evolução da produtividade nos setores agrícola e industrial. Adicionalmente, supõe-se que não há spillovers entre as economias. A partir dos resultados obtidos pode-se verificar que as conclusões em Matsuyama representam um caso particular de conclusões mais gerais, onde dependendo da magnitude dos parâmetros observados, os ganhos de produtividade na agricultura podem não reduzir o crescimento da economia, de forma que não existe necessariamente uma relação negativa entre produtividade agrícola e crescimento econômico, como caracterizado no modelo de Matsuyama (1992). Por outro lado, o fato de uma economia se especializar na agricultura não necessariamente implicaria em perda de bem-estar tanto no curto quanto no longo prazo.
Learning-by-Doing; Produtividade Agrícola; Bem-Estar