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Resistência de poáceas forrageiras ao Blissus pulchellus Montandon (Hemiptera: Blissidae)

RESUMO

Os percevejos-das-gramíneas [Blissus pulchellus Montandon (Hemiptera: Blissidae)] sugam a seiva de espécies forrageiras suscetíveis e injetam toxinas que destroem os vasos condutores e dificultam o transporte de água e nutrientes, levando as plantas a morte. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a resistência por antixenose e tolerância em oito poáceas forrageiras à B. pulchellus e comparar as características anatômicas dos tecidos das bainhas foliares de espécies/cultivares resistentes e suscetíveis. Os ensaios foram conduzidos em laboratório e casa de vegetação, em testes com e sem chance de escolha, utilizando-se as forrageiras: Urochloa ruziziensis, U. humidicola, U. brizantha ‘Piatã’, U. brizantha ‘Paiaguás’, U. brizantha ‘Marandu’, Panicum maximum ‘Mombaça’, P. maximum ‘Zuri’, e Andropogon gayanus. Os resultados de oviposição demonstraram que no teste de escolha houve uma mudança no comportamento do percevejo em relação às gramíneas quatro horas após infestação, sendo U. humidicola, P. maximum ‘Mombaça’ e ‘Zuri’, U. brizantha ‘Marandu’ e A. gayanus menos atrativos para os insetos. Conclui-se que U. humidicola, P. maximum ‘Mombaça’ e ‘Zuri’, U. brizantha ‘Marandu’, e A. gayanus são menos atrativas a B. pulchellus. A. gayanus, e P. maximum ‘Mombaça’ e ‘Zuri’ apresentam resistência do tipo não-preferência para oviposição a B. pulchellus. A resistência de U. humidicola, P. maximum Zuri, e A. gayanus a B. pulchellus pode estar associada a maior compactação e lignificação das células dos tecidos parenquimático e esclerenquimático das bainhas foliares.

Palavras-chave:
antixenose; nível de dano; pragas de pastagens; inseto-praga

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