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Enxertia aumenta tolerância ao alumínio em mudas de cajueiro-anão

RESUMO

A utilização de mudas enxertadas e tolerantes ao alumínio pode ser uma estratégia para viabilizar o cultivo do cajueiro-anão (Anacardium occidentale L.) em regiões com predomínio de solos com reação ácida e altas concentrações de alumínio trocável. Nesse sentido, objetivou-se avaliar a influência da enxertia em genótipos de cajueiro-anão cultivados na presença de alumínio. Para isso, o delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 × 2 × 2, com mudas de cajueiro-anão de três genótipos (‘CCP 06’, ‘CCP 09’, e ‘CCP 76’) e dois tipos de muda (pé-franco e auto-enxertada), cultivadas na ausência e presença de alumínio (30 mg L-1), com seis repetições. Cento e dez dias após o início da aplicação do alumínio as plantas foram avaliadas quanto ao crescimento, matéria seca e acúmulo de nutrientes e alumínio (na parte aérea e nas raízes). O alumínio causou reduções na altura (25,8%), diâmetro do caule (6,7%), número de folhas (43,3%), área foliar (46,3%), massa seca do caule (29,8%) e massa seca da parte aérea (37,0%) do cajueiro-anão. A aplicação de 30 mg L-1 de alumínio incrementou o acúmulo do Al nas raízes e, como consequência, reduziu o de N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Fe e Zn na parte aérea e nas raízes. O cajueiro-anão acumula maior quantidade de Mn nas folhas e menor nas raízes, de maneira inversa ao que acontece com o Al. O alumínio limita o crescimento e o acúmulo de nutrientes nos clones ‘CCP 06’, ‘CCP 09’, e ‘CCP 76’, entretanto, a utilização de mudas enxertadas aumenta a tolerância da planta ao elemento.

Palavras-chave:
Anacardium occidentale ; acidez do solo; acúmulo de nutrientes; estresse por alumínio

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