RESUMO
Combinar refrigeração com embalagem é uma técnica comumente utilizada para frutas destinadas à exportação. Assim, o objetivo deste estudo foi adequar o manejo pós-colheita de cultivares de batata-doce biofortificadas, utilizando embalagem e refrigeração, com foco em atingir mercados de exportação distantes e mantendo a qualidade comercial. As batatas-doces das cultivares BRS-Amélia e Beauregard foram selecionadas após a colheita, lavadas e embaladas. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 4 × 7 composto por 4 tratamentos (cultivar BRS-Amélia com e sem embalagem; e cultivar Beauregard com e sem embalagem) e 7 avaliações nas condições de armazenamento: aos 0, 7, 14 (sob refrigeração a aproximadamente 8 °C), 17, 20, 23 e 26 dias (sob condições de temperatura ambiente a aproximadamente 25 °C). Cada unidade experimental continha 500 g de tubérculos. Os resultados mostraram que o armazenamento refrigerado aliado à embalagem prolongou a vida útil da batata-doce avaliada: 17 dias para BRS-Amélia e 26 dias para a cultivar Beauregard. A cultivar BRS-Amélia manteve maior firmeza, solúveis sólidos e teor de carboidratos, croma e atividade antioxidante (método FRAP) e teor de fenólicos totais, tanto nos tecidos crus quanto cozidos. A cultivar Beauregard apresentou menor desidratação e maior estabilidade nos teores de vitamina C, fenólicos totais, carotenóides totais, carboidratos solúveis e amido em batatas cruas e cozidas. Portanto, a combinação de embalagem e refrigeração preservou a qualidade comercial da batata-doce biofortificada para os mercados de exportação.
Palavras-chave:
Ipomoea batatas; compostos fenólicos; vitamina C