RESUMO
A precisão na estimativa da transpiração de dosséis de plantas é importante para o monitoramento das necessidades hídricas dos cultivos e gerenciamento das operações agrícolas relacionadas com planejamento e uso da água. O objetivo deste estudo foi estimar a transpiração dos extratos ensolarado e sombreado de um dossel de milho ( Zea mays L.), usando a equação de Penman-Monteith, com modificações introduzidas por Fuchs et al. (1987)FUCHS, M.; COHEN, Y.; MORESHET, S. Determining transpiration from meteorological data and crop characteristics for irrigation management. Irrigation Science, Amsterdam, v.8, p.91-99, 1987. e Fuchs & Cohen (1989)FUCHS, M.; COHEN, Y. Experimental verification of a meteorological transpiration model. Agronomie, Paris, v.9, p.827-832, 1989.. Os valores de estimativas foram validados pelo sistema pulso de calor, que foi utilizado para medir o fluxo de seiva no caule do milho, e por um lisímetro de balança. A relação entre radiação solar incidente e potencial da água na folha foi utilizada, na estimativa da transpiração. Os resultados mostraram que a estimativa da transpiração da parte sombreada variou de 27 a 45% da transpiração total do dossel, considerando-se condições variáveis de demanda atmosférica e nível de estresse hídrico da planta. Estimativas horária e diária mostraram concordância com valores simultâneos medidos pelo pulso de calor e lisímetro, nas parcelas sem restrição hídrica. Para parcelas com restrição hídrica houve perda de precisão na estimativa, devido a dificuldades em corretamente simular a condutância estomática do dossel.
Palavras-chave:
transpiração; Penman-Monteith; pulso de calor; Zea mays L