RESUMO
Jambu (Acmella oleracea) é uma hortaliça condimentar típica do Norte do Brasil que tem adquirido maior procura e notoriedade devido as suas propriedades sensoriais e bioativas, atribuídas à presença do composto espilantol. Estratégias para o manejo da planta têm sido buscadas, entretanto, a influência da suplementação com N sobre a biossíntese de espilantol no jambu em sistema hidropônico é desconhecida. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do N na produção de biomassa, de pigmentos fotossintéticos, na concentração de N nas folhas e no teor de espilantol em jambu cultivado hidroponicamente. Estas plantas foram submetidas a seis concentrações de N na solução nutritiva (11, 13, 15, 17, 19 e 21 mmol L-1), utilizando delineamento inteiramente casualizado. Avaliaram-se a produção de biomassa fresca e seca das inflorescências, parte aérea (folhas e caules) e raiz, teor de N e pigmentos nas folhas e teor de espilantol nos diferentes órgãos da planta. As concentrações de N afetaram positivamente a produção de biomassa, de pigmentos fotossintéticos, a concentração de N nas folhas e o teor de espilantol nas inflorescências, parte aérea e raiz do jambu. O suprimento de 21 mmol L-1 N na solução nutritiva resultou em maior concentração de N nas folhas, promovendo maior produção de pigmentos fotossintéticos, biomassa da parte aérea e inflorescência. Suprimento médio de 17 mmol L-1 N resultou em maior síntese de espilantol nos órgãos do jambu. Portanto, suprimentos adequados de N devem ser considerados indispensáveis para o manejo nutricional do jambu cultivado em sistema hidropônico.
Palavras-chave:
Acmella oleracea; cultivo sem solo; metabólitos secundários; nutrição