RESUMO
Objetivou-se ajustar modelos matemáticos aos dados experimentais da secagem do mesocarpo externo do pequi, determinar o coeficiente de difusão efetivo, e obter a energia de ativação e as propriedades termodinâmicas e nutricionais em diferentes condições de secagem. O mesocarpo dos frutos de pequi com teor de água inicial de 5,05 (base seca, decimal), foi submetido à secagem em estufa de ventilação forçada nas temperaturas de 40, 50, 60 e 70 °C até atingir o teor de água final de 0,15 ± 0,01 (base seca, decimal). Os modelos matemáticos foram ajustados por análise de regressão não linear pelo método Gauss-Newton, sendo considerada a magnitude do coeficiente de determinação (R2), do erro médio relativo (P) e do erro médio estimado (SE). Entre os modelos analisados, Midilli apresentou o melhor ajuste aos resultados. O coeficiente de difusão efetivo aumentou com a elevação da temperatura, e a energia de ativação para a difusão líquida na secagem foi de 11,011 kJ mol-1. A entalpia de ativação diminuiu com o aumento da temperatura de secagem, enquanto a entropia e a energia livre de Gibbs de ativação aumentaram com o acréscimo da temperatura de secagem. O produto obtido a partir da secagem possui baixo teor lipídico e elevado teor de carboidratos, enquanto que temperaturas a partir de 70 °C podem causar desnaturação e/ou complexação proteica. A temperatura de 60 °C é mais indicada para obtenção do farináceo do mesocarpo do pequi, devido ao menor tempo de processamento com manutenção da qualidade nutricional.
Palavras-chave:
modelagem matemática; energia de ativação; modelo de Midilli; aproveitamento de subproduto