RESUMO
A araruta (Maranta arundinaceae) é uma planta alimentícia não convencional (PANC) que apresenta propriedades nutricionais relevantes. No entanto, poucos estudos sobre a espécie quanto às suas formas de propagação e sua nutrição foram realizados. Paralelamente, o biofertilizante fornece nutrientes e estimula o desenvolvimento das espécies, pois promove melhorias nas propriedades do solo. Nesse contexto, o objetivo neste estudo foi avaliar o efeito de diferentes formas de propagação e doses de biofertilizante na nutrição da araruta. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas, avaliando três formas de propagação (rizoma inteiro, parte do rizoma e caule) e utilizando cinco doses de biofertilizante (0, 300, 600, 900 e 1200 mL por planta semana-1). Aos 268 dias após o plantio foi realizada a coleta das folhas para análise do teor de macro e micronutrientes foliares. Plantas propagadas por haste apresentam menor acúmulo de N, P, K, S e maior acúmulo de Na, em relação às demais formas de propagação. Os teores de N e K foram incrementados pela aplicação do biofertilizante, alcançando valores de 20,8 e 18,2 g kg-1 nas doses de 1200 e 955 mL por planta semana-1, respectivamente. O acúmulo dos micronutrientes foi influenciado pelas formas de propagação e pelas doses de biofertilizante, apresentando respostas positivas, especialmente para o Zn na dose máxima. A propagação por rizoma inteiro e as doses entre 600 e 1200 mL por planta semana-1 são as recomendadas para que se obtenha os melhores resultados nutricionais na araruta.
Palavras-chave:
Maranta arundinaceae; biofertilização; nutrição de plantas; plantas alimentícias não convencionais