Respostas bioquímicas em manga ‘Kent’ cultivada no semiárido brasileiro sob diferentes doses de triacontanol

RESUMO

O manejo adotado para a cultura da manga exige que, em determinada fase, a lâmina de irrigação seja reduzida para promover uma floração mais uniforme. Nesse sentido, é necessário inserir novas alternativas que atenuem os efeitos deletérios do estresse abiótico e que promovam maior produtividade de frutos. Portanto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a influência do triacontanol sobre os teores de solutos orgânicos, atividade enzimática antioxidante e produção de mangueira ‘Kent’ nas condições do semiárido brasileiro. O experimento foi realizado em duas safras consecutivas, 2018 e 2019, em um pomar comercial localizado na Fazenda Dan, Petrolina-PE. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com cinco tratamentos e quatro repetições, sendo avaliadas quatro plantas por parcela. Os tratamentos consistiram em doses de triacontanol: 0 (tratamento controle); 3,75; 7,50; 11,25 e 15,00 ppb por planta. Duas safras consecutivas (2018 e 2019) foram avaliadas durante os estágios de maturação do ramo (somente 2019), indução floral, floração plena e frutificação inicial. Apesar das variações entre safras, observou-se que a aplicação foliar de triacontanol favoreceu positivamente os teores de aminoácidos totais, prolina livre, proteínas totais e atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD), ascorbato peroxidase (APX) e catalase (CAT). Houve aumento na produção de 50,85% (na dose 11,25 ppb) e 64,95% (na dose 10,50 ppb) nas safras de 2018 e 2019, respectivamente.

Palavras-chave: Mangifera indica L.; enzimas antioxidantes; prolina