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Potencial hídrico e trocas gasosas em cana-de-açúcar irrigada com águas salinas

RESUMO

Em Pernambuco, estado da região nordeste do Brasil, nas áreas litorâneas, devido à intrusão da água do mar, as águas utilizadas para irrigação da cana-de-açúcar podem apresentar altos teores de sais e causar sérios problemas no solo e na planta. Com o presente trabalho objetivou-se avaliar os efeitos da salinidade da água de irrigação sobre a fisiologia da cana-de-açúcar, variedade RB867515, irrigada sob cinco níveis de salinidade de 0,5; 2,0; 3,5; 5,0 e 6,5 dS m-1 com delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições em lisímetros de drenagem. A pesquisa foi conduzida no período de dezembro de 2014 a junho de 2015, na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Os níveis de salinidade foram obtidos pela diluição de NaCl e CaCl2 à água de abastecimento local (CEw = 0,5 dS m-1). Nas folhas foram feitas leituras de condutância estomática, transpiração e fotossíntese aos 140, 229 e 320 dias após o plantio (DAP) e do potencial hídrico aos 137, 243 e 318 DAP. O aumento da salinidade da água de irrigação inibiu todas as variáveis nas respectivas idades das plantas e com maior intensidade nas primeiras avaliações (140 e 229 DAP) para condutância estomática e transpiração. A fotossíntese e o potencial hídrico apresentaram maiores reduções lineares na última coleta de dados (320 e 318 DAP) respectivamente. O aumento da salinidade da água de irrigação prejudicou o potencial hídrico e as trocas gasosas nas folhas de cana-de-açúcar RB867515.

Palavras-chave:
Saccharum spp.; salinidade; irrigação

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