RESUMO
As regiões semiáridas estão sujeitas à distribuição irregular das chuvas, o que ocasiona longos períodos de estiagem. Deste modo, a única maneira de obter e garantir a produção é utilizando a irrigação, porém, nessas regiões, ocorre a predominância de águas de baixa qualidade (salobras), sendo necessário adotar estratégias de irrigação para melhor aproveitamento. Neste sentido, objetivou-se avaliar a produção e qualidade de frutos da abobrinha italiana submetida a estratégias de irrigação com água salobra nos estágios fenológicos. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos, correspondendo a cinco estratégias de irrigação (E1= água de menor salinidade (0,8 dS m-1) durante todo o ciclo da cultura; E2= água de maior salinidade (3,0 dS m-1) apenas nas fases de germinação e crescimento (0-11 DAS); E3= água de maior salinidade (3,0 dS m-1) apenas na fase de pré-floração (12-22 DAS); E4= água de maior salinidade (3,0 dS m-1) apenas na fase de frutificação (23-42 DAS); E5= água de maior salinidade (3,0 dS m-1) apenas na fase de colheita (43-63 DAS), com oito repetições. A irrigação com água salobra (3,0 dS m-1) durante as fases de pré-floração e frutificação afeta negativamente o comprimento e o diâmetro dos frutos de abobrinha italiana. A massa média dos frutos, a espessura da casca, a produção e a eficiência no uso da água são reduzidas quando irrigados com água de maior condutividade elétrica durante as fases de germinação e crescimento inicial, enquanto o teor de sólidos solúveis é aumentado. Em condições de alta salinidade é possível irrigar a cultura da abobrinha sem perda da qualidade e da produção dos frutos durante toda a fase de colheita.
Palavras-chave: Cucurbita pepo ; salinidade; eficiência do uso da água; estágio fenológico