Impacto da irradiância solar nas trocas gasosas e crescimento de helicônias cultivadas em região semiárida

RESUMO

A luz é essencial por fornecer energia para as reações fotossintéticas e tem uma influência complexa e não totalmente compreendida no crescimento e produção de helicônias. Assim, objetivou-se avaliar o efeito da intensidade de luz sobre o crescimento e fotossíntese de helicônias em condições semiáridas e a triagem de genótipos potenciais tolerantes as condições de altos níveis de irradiação solar durante o estágio vegetativo. O experimento foi conduzido em Petrolina-PE, Brasil, cujas coordenadas geográficas são: 09° 19’ 14” S, 40° 32’ 40” O, com altitude média de 387 m. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, arranjados em esquema de parcelas subdivididas, e os tratamentos foram compostos por duas intensidades de luz (pleno sol e sombreamento de 50%) e cinco genótipos (Heliconia psittacorum x H. spathocircinata cv. Golden Torch; H. psittacorum cv. Red Opal; H. bihai cv. Lobster Claw Two; H. rauliniana e H. rostrata). No 100° dia após o início do experimento foram realizadas avaliações de crescimento e trocas gasosas. As intensidades de luz (pleno sol e sombreamento 50%) não influenciaram a taxa fotossintética (A), condutância estomática (gs) e transpiração (E) das plantas. Porém, o efeito isolado do genótipo revela que plantas de cv. Red Opal, H. bihai, H. rauliniana e cv. Golden Torch apresentaram maiores valores de A, gs e E. Em geral, o sombreamento favoreceu maior incremento no crescimento das plantas. Conclui-se que os genótipos H. psittacorum cv. Red Opal e H. psittacorum cv. Golden Torch exibem maior tolerância às condições de elevada irradiância solar.

Palavras-chave:
Heliconia spp.; fotossíntese; floricultura tropical; estresse luminoso