RESUMO
A mamoneira é uma importante matéria-prima para a produção de biocombustível, podendo ser cultivada em diversas regiões do país devido sua boa adaptação e tolerância às altas temperaturas e déficit hídrico. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade da mamona em diferentes populações de plantas consorciadas com Urochloa ruziziensis. O delineamento experimental foi em blocos ao caso em esquema fatorial de 4 x 2 com 4 repetições, o primeiro fator foi composto pelas densidades de plantas de mamona (13574, 24512, 36816, 40723 plantas ha-1), e o segundo fator constou da presença ou da ausência de Urochloa ruziziensis. A análise estatística constou da análise de variância e de regressão, e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p < 0,05). O consórcio reduziu em 15% o número de bagas por planta, mas não afetou significativamente a produtividade. O aumento da população de plantas reduziu linearmente a proporção de plantas colhidas (22,1% da menor para a maior população) e a produtividade máxima foi atingida com 36816 plantas ha-1, tanto para a mamona consorciada quanto para a solteira. Concluiu-se que o consórcio da mamona com U. ruziziensis não reduz a produtividade da mamoneira e é uma alternativa para produção de palhada para as culturas sucessoras, especialmente em ambientes de produção com solos de baixa fertilidade, altas temperaturas e inconstância pluviométrica.
Palavras-chave:
Ricinus communis L.; sistema de cultivo; segunda safra; conservação do solo; consórcio