RESUMO
Objetivou-se nessa pesquisa avaliar o crescimento de espécies florestais sob condições de salinidade e déficit hídrico. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial triplo, com quatro espécies florestais (Nim, Aroeira, Ipê e Sabiá), dois níveis de salinidade (1,2 e 8,6 dS m-1) e dois regimes hídricos (com e sem restrição hídrica). Foram medidos a altura das plantas, diâmetro do caule, número de folhas, massa seca da parte aérea, massa seca das raízes e massa seca total. Verificou-se que em todas as variáveis estudadas houve significância estatística para os fatores espécies (A) e salinidade (B), isoladamente. Já o déficit hídrico (Fator C) e a interação dos fatores A x B x C não causaram nenhuma inferência estatística. A redução de 50% da reposição de água para as mudas das quatro espécies estudadas não foi suficiente para provocar danos significativos ao crescimento das plantas, com redução média na produção de matéria seca inferior a 10%. Com base na produção de matéria seca da parte aérea, verifica-se que a espécie Nim se comportou como moderadamente tolerante, enquanto as demais espécies se mostraram moderadamente sensíveis à salinidade. O déficit hídrico empregado não foi suficiente para intensificar os efeitos do estresse salino nas condições do presente estudo.
Palavras-chave:
plantas nativas; estresse salino; estresse hídrico