O uso de água residuária na produção agrícola visa promover a sustentabilidade da agricultura irrigada, economizando águas superficiais não poluídas, mantendo a qualidade ambiental e servindo como fonte nutritiva às plantas. Deste modo, avaliaram-se a produção do girassol sob irrigação com efluente doméstico e doses de adubo orgânico, em pesquisa conduzida em casa de vegetação da UFCG, entre julho e outubro de 2008. Usou-se o delineamento de blocos ao acaso testando-se 5 níveis de reposições das necessidades hídricas da cultura obtidas mediante balanço hidrico: 40, 60, 80, 100 e 120% e 4 doses de adubação orgânica (controle - 0, 0,7, 1,4 e 2,1% do peso de solo), em esquema fatorial 5 x 4, com 3 repetições. A adubação orgânica até a dose de 1,4% reduziu o número de dias necessários para iniciar o florescimento do girassol (IF) e, com 1,5%, proporcionou a maior altura das plantas. Com exceção do IF, a reposição da necessidade hídrica com água residuária favoreceu a altura de planta, fitomassa seca da parte aérea, diâmetro de capítulo externo e interno, fitomassa fresca de capítulo, número de aquênio por capítulo e fitomassa de aquênio por planta, sendo que os maiores incrementos foram observados com reposição de 120%. O efluente doméstico constitui fonte potencialmente viável ao suprimento hídrico do girassol, cv. Embrapa 122/V-2000.
Helianthus annuus L.; água residuária; produtividade