Cultivo de soja em área de arroz irrigado para reduzir a infestação de plantas daninhas

RESUMO

O arroz irrigado em Santa Catarina é cultivado em monocultivo, o que tem agravado os problemas com plantas daninhas. Deste modo, o objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência de sistemas de manejo de plantas daninhas na cultura da soja sobre a redução da infestação de plantas daninhas em uma área de produção de arroz irrigado, utilizando para isso herbicidas em pré e/ou pós-emergência da soja. O experimento foi conduzido no município de Turvo - SC no período de agosto de 2021 a abril de 2022. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados com tratamentos organizados em esquema fatorial 6 × 5, com quatro repetições. O fator A constou de seis tratamentos aplicados em pré-emergência, os herbicidas utilizados foram: S-metolachlor, diclosulam, sulfentrazone, sulfentrazone + diuron, pyroxasulfone + flumioxazin, além de uma testemunha sem herbicida. Já o fator B constou de cinco tratamentos aplicados em pós-emergência: testemunha sem herbicida, gyphosate em duas doses (930 e 1550 g e.a. ha^-1), aplicadas de forma isoladas ou em associação com clethodim. O herbicida S-metolachlor foi ineficiente para o controle de outras plantas daninhas, mesmo quando combinado com a aplicação em pós-emergência. O controle deficiente destas espécies não resulta em significativa interferência, não causando decréscimo na produtividade de grãos da soja, em ambientes de terras baixas. O uso dos herbicidas S-metolachlor, diclosulam e pyroxasulfone + flumioxazin, combinados com a aplicação em pós-emergência de glyphosate (930 g e.a. ha^-1) resultou em controle eficiente de capim-arroz e inibiu a produção de sementes. Apenas a associação de glyphosate (1550 g e.a. ha^-1) com clethodim suprimiu a produção de sementes de capim-arroz, sem a aplicação de herbicidas em pré-emergência.

Palavras-chave:
Echinochloa crus-galli; Glycine max; pré-emergência; rotação de culturas; sistemas de manejo