RESUMO
Cuba, graças ao regime socialista do modelo socioeducativo, não atinge as dimensões internacionais da violência escolar, mas enfraquece significativamente as relações escolares. Nesse sentido, o estudo concentra-se no entendimento da sua construção e emergência a partir de uma perspectiva relacional, introduzindo o conceito de relações recíprocas auto-organizadas. Na ordem fenomenológica, sua relevância é corroborada pela triangulação metodológica nos contextos educacionais do município de Santiago. A partir da análise dos resultados, constatou-se que a sua construção se configura a partir de uma multidirecionalidade de interações entre seus atores e da convergência contingente de relações diferentes (linguística, econômica, escolar etc.) articuladas por veículos comunicativos (poder, conhecimento etc.) a partir da qual a violência decorre do ato de bater, humilhar outros durante interações escolares.
PALAVRAS-CHAVE:
violência escolar; relações recíprocas auto-organizadas; atores escolares; veículos de comunicação