RESUMO
Este artigo busca destacar alguns elementos para o entendimento dos contemporâneos processos de inclusão educacional indígena por meio da análise do encontro entre perspectivas institucionais e perspectivas de estudantes universitários Guarani. Tal reflexão é fruto de um trabalho etnográfico com documentos oficiais, particularmente aqueles mobilizados na realização do Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná, e vivências guarani na Universidade Estadual de Maringá, entre os anos de 2014 e 2016. O argumento central explora o contraste entre formas de reconhecimento e de identificação que se relacionam, sem apagar suas especificidades. Ao mesmo tempo em que se persegue a comparação entre lógicas estatais de reificação e a multiplicidade guarani, o texto revela pontos de contato através dos quais são efetuadas alianças parciais, buscadas por ambas as partes, que se apresentam como perspectivas que dialogam, conflitam e operam modos de conhecer irredutivelmente diferentes.
PALAVRAS-CHAVE
educação indígena; Guarani; universidade; inclusão