As más condutas científicas constrangem a ciência pelo mundo. Em educação, há poucos artigos sobre o tema. Silva (2008)Silva, O. S. F. Entre o plágio e a autoria: qual o papel da universidade? Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro: ANPEd; Campinas: Autores Associados, v. 13, n. 38, p. 357-368, 2008. e Krokoscz (2011)Krokoscz, M. Abordagem do plágio nas três melhores universidades de cada um dos cinco continentes e do Brasil. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro: ANPEd; Campinas: Autores Associados, v. 16, n. 48, p. 745-768, 2011. são importantes exceções. No entanto, como focalizam o problema do plágio, outras práticas são negligenciadas. Reconhecendo a relevância do debate feito por esses autores, viso a ampliar o escopo analítico, contribuindo para a formação de uma reflexão do/no campo educacional. Neste artigo, meus objetivos são: (1) comparar as definições das agências internacionais e nacionais; (2) argumentar que a tríade FFP (fabricar, falsificar, plagiar) é insuficiente para compreender o problema; (3) criticar a opção por um foco no indivíduo, desconsiderando equivocadamente o papel do contexto cientométrico sobre essas práticas.
más condutas científicas; ética científica; cientometria; pressão por publicação