O trabalho estabelece uma articulação entre os processos educativos escolares e não-escolares e a construção da identidade negra. Discutem-se as representações e as concepções semelhantes, diferentes e complementares sobre o corpo negro e o cabelo crespo, construídas dentro e fora do ambiente escolar, a partir de lembranças de adolescentes e jovens negras entrevistadas durante a realização de uma pesquisa etnográfica sobre corpo e cabelo como ícones identitários em salões étnicos. Pretende-se compreender o significado social do cabelo e do corpo e os sentidos a eles atribuídos pela escola e pelos sujeitos negros entrevistados. O entendimento desse contexto revela que o corpo como suporte de construção da identidade ainda não tem sido uma temática privilegiada nos estudos sobre relações raciais e educação.
educação; identidade negra; corpo