A partir de uma perspectiva centro-americana, região onde vive e trabalha, o autor procura situar o papel da escola frente aos diferentes contextos culturais e às culturas de fronteira. Esses diferentes contextos abrangem, em primeiro lugar, as culturas indígenas presentes na América Latina, que superam as fronteiras geográficas e apresentam diferenças que não podem ser ignoradas pelas escolas, pois se constituem em desafios a sua prática cotidiana. Em segundo lugar, a globalização atual, que está criando uma "nova ordem mundial", também está gerando novas culturas de fronteira, que invadem os espaços locais e criam novas ordens para as "culturas excluídas". Essas novas ordens se expressam no trabalho informal e de ocasião, quando não na prostituição, nas drogas, na violência e em outras formas de rebelião. A escola deve procurar compreendê-las como um novo colonialismo e ajudar a superá-las, nos termos da pedagogia de Paulo Freire.
cultura; escola; culturas de fronteira