RESUMO
Dificilmente nos perguntamos “por que ainda somos freireanos?”, nem sequer desconfiamos se a resposta já não pode ter deixado de ser de natureza pedagógica. O fato é que as ideias de Paulo Freire conheceram, ao longo de sua história, um amplo processo de institucionalização que vai desde uma espécie de “culto à personalidade” do mestre, até sua entronização como patrono da educação nacional ou como marco de referência das políticas públicas federais. Este artigo procurou mostrar que essa institucionalização corresponde à lenta perda da substância subversiva que o caracterizava - o que chamo de “paulofreireanismo” -, caminhando para a constituição de uma teologia laica.
PALAVRAS-CHAVE:
paulofreireanismo; teologia laica; institucionalização