RESUMO
Este texto procura questionar o caráter dicotômico entre questões normativas de cidadania, direitos da criança, participação e poder e a sua aplicação à prática no quotidiano dos relacionamentos intra e intergeracionais. Em alternativa propõe um enfoque articulado entre os referenciais epistemológicos e ontológicos da Sociologia da Infância e da Investigação para a Paz, assente no reconhecimento mútuo e na qualidade das interações geracionais diárias em ordem à construção plena da identidade da criança e à promoção da sua participação e agência pacifista na construção de uma cultura de paz. O artigo identifica também a Investigação Participativa com Crianças como ferramenta facilitadora de abordagens mais amplas e fluidas de questões de poder intra e intergeracional, fundante de um pacto intergeracional emancipatório.
Palavras-chave:
Agência Pacifista; Crianças; Poder; Participação; Reconhecimento Mútuo