Este trabalho interroga o movimento da versão - palavra escrita, falada, em ato - que atravessa a aventura social do pensamento histórico nos últimos duzentos anos no mundo europeu ocidental. A ideia é de que a historiografia oferece múltiplas versões do acontecer humano ao longo do tempo, o que habilita o jogo de outras versões que se sobrepõem. A versão destinada ao ensino permite ver maneiras de (não) assumir essa noção a respeito da relação entre a história e o ato de ensiná-la. Por essa razão, o sentido social em estreita relação com o político/ideológico do ensino da história para todos numa escola para todos é também uma versão da história e da historiografia. Demandada pela análise da prática de ensino, uma última versão dá conta da história, da historiografia e de seu ensino. Na conclusão, o trabalho destaca a importância de separar os campos da análise e das mudanças nas práticas (historiográficas/de ensino).
didática da história; análise da prática do ensino; espessura discursiva