RESUMO
A proposta deste artigo consiste em articular duas dimensões do movimento Escola sem Partido (ESP): como evento político inserido no campo da história do tempo presente, mais especificamente da história imediata, e como expressão de práticas culturais vinculadas a fenômenos de longa duração da história do Brasil, como a censura e o autoritarismo. Argumenta-se que, apesar de situar-se no âmbito das relações da sociedade civil, o ESP buscou institucionalizar uma forma de controle docente dentro do Estado brasileiro, que, desde a aprovação da Constituição de 1988, proíbe o exercício de qualquer tipo de censura. Como referencial teórico-metodológico, utiliza-se o arcabouço da história do tempo presente e da história política renovada.
Palavras-chave:
História imediata; Brasil; Escola sem Partido; Censura; Sociedade civil