A conquista de direitos pelas mulheres constituiu-se num longo processo de marchas e contramarchas, do qual inúmeras foram aquelas que participaram, na maioria, anônimas. Um dos movimentos, porém, desenvolvido numa conjuntura favorável, entre 1919 e os anos 1930, sob a liderança de Bertha Lutz, conseguiu assegurar às mulheres o reconhecimento de muitas das suas reivindicações. Nesse sentido, este artigo traz à tona a atuação dessas mulheres que, em meio a preconceitos nos mais diversos âmbitos, encaminharam a sua luta a fim de obter o acesso à cidadania. E, assim, na concepção de Hannah Arendt, possibilitaram às mulheres assumir sua plena condição humana através da ação política, da qual eram violentamente excluídas.