RESUMO
O ensaio debruça-se sobre as teorias da democracia de John Dewey, buscando retomar seu inerente aspecto formativo. Recorre, na primeira parte, à interpretação de Richard Bernstein, focando no vínculo que estabelece entre democracia e comunidade. Na segunda parte, inspirando-se no trabalho de Axel Honneth, problematiza a noção de comunidade proposta por Bernstein, reformulando com isso a teoria deweyana da democracia. Embora haja diferenças notáveis entre elas, destaca-se a noção de comunidade como seu núcleo estruturante. Por fim, na terceira parte, procura justificar em que termos o vínculo estreito entre democracia e comunidade depende da ideia de educação alicerçada na plasticidade da condição humana. Ou seja, mostra que o argumento epistemológico que sustenta a noção de comunidade científica de pesquisadores participantes precisa ser complementado pelo argumento antropológico-cultural que oferece a base para a noção de democracia como forma de vida.
PALAVRAS-CHAVE:
educação; democracia; comunidade; plasticidade humana