RESUMO
Pensar a educação como ação individual e atitude de acolhida e solidariedade, assumindo o pensamento de Zygmunt Bauman como base teórica central é a preocupação fundamental deste ensaio. No primeiro momento, a tematização desenvolve-se no intuito de demonstrar a existência de um paradigma ambivalente que, instalado na modernidade líquida, se fortalece pela hermenêutica pluralizadora. No segundo, conferindo-se a possibilidade de factibilidade da ambivalência, tanto no mundo concreto quanto no simbólico, debatemos sobre a necessidade e a alternativa da solidariedade na ação educacional. A compreensão de educação para a/com solidariedade, do horizonte da condição humana, é potencialidade e alternativa instituinte. Desse modo, destacamos a ideia do ato educativo como acontecimento possível na relação entre humanos, constituindo-se em atitude mediante subjetividades e dimensionando-se para as vivências/experiências coletivas. O paradigma da ambivalência permite, portanto, pensar e questionar a pluralidade de compreensões em afastamento às verdades únicas e determinantes.
PALAVRAS-CHAVE:
educação; solidariedade; ambivalência