RESUMO:
A chegada de estudantes com deficiência nos cursos técnicos dos Institutos Federais tem aumentado com a aprovação da Lei nº 13.409, de 28 de dezembro de 2016, que prevê reserva de vagas para esse público. Neste texto, analisa-se a visão dos docentes do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), divididos na área técnica e propedêutica, em relação à presença dos estudantes com deficiência, particularmente a intelectual, nos cursos técnicos e a respeito das possíveis adaptações curriculares nos itinerários formativos desses estudantes. O referencial teórico mostrou o deslocamento em relação aos termos adaptações/adequações curriculares para fexibilização, diferenciação e acessibilidade curricular, que implica um entendimento mais amplo dos seus significados. A pesquisa, feita a partir das 81 respostas obtidas em um questionário com perguntas abertas e em escala Likert, teve como suporte metodológico a análise de conteúdo de Bardin (2010), com categorização a posteriori e critério semântico na separação das respostas. Por fim, a organização e a discussão dos resultados foram realizadas, problematizando-se as contribuições dos participantes da pesquisa. Os resultados mostraram diferenças no entendimento da importância do uso das adaptações entre docentes das áreas técnica e propedêutica, mas também revelaram igual discordância com aquelas que suprimem conteúdos das disciplinas e preocupação com o refexo disso na formação do estudante.
PALAVRAS-CHAVE:
Adaptação curricular; Acessibilidade; Cursos técnicos; Educação inclusiva