Diversos estudos atuais têm revelado que a surdez deve ser reconhecida como diferença, especialmente no que diz respeito aos aspectos linguístico-discursivos. Contudo, crianças surdas vêm enfrentando, na família e na escola, barreiras linguísticas com implicações nas suas possibilidades de inclusão social. Nessa direção, o presente trabalho objetiva analisar o ponto de vista de pais e professores a respeito das interações linguísticas de crianças surdas no âmbito familiar e escolar, considerando o contexto da inclusão. Foram entrevistados doze familiares (quatro pais e oito mães) de crianças surdas que frequentam o ensino regular e foi aplicado um questionário junto a doze professores dessas mesmas crianças. Os resultados apontam que nem os familiares nem os professores usam a língua de sinais para interagir com os surdos, gerando interações linguísticas restritas e pouco efetivas. Além disso, percebeu-se que familiares e professores apresentam um desconhecimento acerca da surdez, da língua de sinais e das consequências da surdez para o surdo.
Educação Especial; Inclusão; Surdos; Família; Língua de Sinais