RESUMO
Este artigo problematiza as tensões e as contradições da educação inclusiva confrontadas pela presença de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em salas de aula comuns. Parte-se da premissa de que os princípios que orientam as políticas de Educação Especial na perspectiva inclusiva conflitam com o projeto social e educacional da Modernidade, potencializado por mecanismos excludentes instaurados pelo neoliberalismo contemporâneo. O texto discute fragmentos de uma pesquisa qualitativa que teve como objetivo compreender os desafios e as possibilidades dos processos de inclusão e escolarização de alunos autistas matriculados na rede municipal de ensino de Santo André, São Paulo. A análise de dados documentais e de campo, obtidos em uma roda de conversa com gestores escolares, evidencia as tensões e as ambivalências geradas no confronto entre perspectivas epistêmicas, pedagógicas e políticas antagônicas.
PALAVRAS-CHAVE:
Políticas educacionais; Educação Especial inclusiva; Escolarização de crianças com TEA; Gestores escolares; Município de Santo André