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Revendo o temperamento igual da música

A música ocidental é predominantemente baseada no temperamento igual, com uma razão constante 21/12 das frequências de semitom. Embora esse temperamento tenha sido usado desde o século dezenove, e apesar de seu alto grau de simetria, vários músicos têm repetidamente manifestado o seu desconforto com a harmonicidade de certos intervalos. Recentemente, foi sugerido que este problema pode ser superado através da introdução de um temperamento modificado, com uma razão de frequências constante, mas ligeiramente maior. Neste trabalho confirmamos qualitativamente esta conjectura. Usando a entropia como uma medida para a harmonicidade, mostramos numericamente que o harmônico ótimo é de fato obtido para razões de frequências ligeiramente maiores do que 21/12. Isto sugere que o temperamento igual deve ser substituído por um temperamento harmonicamente estendido, que se transformaria em novo padrão.

Palavras-chave:
teoria musica; temperamento igual; oitavas estendidas; afinação baseada na entropia


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