Acessibilidade / Reportar erro

Frases que Resumem os Atributos da Relação Médico-Paciente

Phrases Expressing the Attributes of the Physician-Patients Relationship

Resumo:

Médicos e pacientes podem mostrar proximidade na percepção dos atributos da relação médico-paciente. O objetivo deste estudo foi identificar frases que melhor definissem tais atributos. Procura bibliográfica e entrevistas com 30 pacientes de ambulatório ou internados no Hospital das Clínicas (HC da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e 30 médicos entre residentes, assistentes e pós-graduandos identificaram esses possíveis atributos, separados para: competência técnica, apresentação pessoal, empatia, habilidades da comunicação e compromisso/responsabilidades. Para cada um foi confeccionada uma pergunta e formuladas 14 possíveis respostas. Pacientes, estudantes de internato do curso médico da FMUSP e médicos assistentes do HC da FMUSP escolheram cinco que melhor respondessem à pergunta. As respostas mais escolhidas estão em posições bastante parecidas tanto entre médicos, quanto estudantes de Medicina e pacientes. As respostas mais concordantes ocorreram entre médicos e pacientes (teste Wilcoxon para dados não paramétricos). Os grupos escolheram de forma bastante aproximada frases que resumem cada atributo da relação médico-paciente

Palavra-chave:
Relação Médico-paciente; Educação Médica; Questionário

Abstract:

Doctors and patients may display close identity in understanding the physician-patient relationship. The objective of this study was to identify phrases that best define the attributes of this relationship. We performed a literature search and interviews with 30 out-patients and in-patients at the teaching hospital (Hospital das Clínicas) of the University of São Paulo Medical School (FMUSP), as well as with 30 physicians, including residents, staff physicians and graduate students, in order to identify possible attributes. The five selected were: technical ability, personal appearance, empathy, communications skills, and commitment/responsibility. For each attribute identified a question was formulated with 14 possible answers. Of these, patients, interns, and patients. The best agreement was between physicians and-patients (Wilcoxon test, non-parametric data). The phrases were closely related and appear to express the possible attributes of the physician-patients relationship.

Key-words:
Physician-patient relationship; Education, Medical; Questionnaire

INTRODUÇÃO

Vários protocolos de pesquisa têm sido confeccionados para se estudar a relação médico-paciente. No entanto, comumente esbarram na dificuldade de avaliá-la quantitativa e objetivamente. Para fins estatísticos, estudos utilizam medidas indireta s como indicadores de qualidade, ponderações de atributos da relação11. Fletcher RH, O'Malley MS, Earp JA, Liltleton TA, Fletcher SW, Greganti MA, Davidson RA, Taylor J. Patients' Priorities for Medical Care. Med Care.1983, 21(2): 234-242.),(22. Fennema K, Meyer DL and Owen N. Sex of Physician: Patients' Preferences and Stereotypes. J Fam Pract.1990: 30 (4):441-446.),(33. Murray-Garcia JL, Selby JV, Schmittel J, Grumbach K, Quesenberry CP. Racial and Ethnic Differences in a Patient Survey. Med Care . 2000;38 (3): 300-310.),(44. Greene MG, Adelman RD, Friedman E, Charron RI. Older patient satisfaction with communication during an initial medical encounter. Soc Sci Med. 1994;9: 1279-1288., medidores de satisfação do paciente55. Francis PHNV, Korsch BM, Morris MJ. Gaps in doctor-patient communication. New Eng J Med. 1969; 280(10): 535-540.),(66. Korsch MB, Gozzi EK, Francis PHNV. Gaps in doctor-patient communication. Pediatrics.1968; 42 (5): 855-871. questionários que visam determinar o que desperta a confiança do paciente no médico77. Thom DH, Campbell B. Patient-Physician Trust: An exploratory study. J Fam Pract . 1997; 44 (2): 169-176., medição de fidelidade88. Gabel LL, Lucas JB, Westbury RC. Why do patients continue to see the same physician?. Fam Pract Res J. 1993; 13 (2): 133-47. ou mesmo pesquisas sobre barreiras da comunicação entre médico e paciente55. Francis PHNV, Korsch BM, Morris MJ. Gaps in doctor-patient communication. New Eng J Med. 1969; 280(10): 535-540..

No estudo desta relação, pode ser necessário considerá-la como a tradução de um relacionamento humano sujeito a mecanismos inconscientes de defesa. "Relacionamo-nos através da introjeção e da projeção, ambas de mãos dadas com a identificação99. Arruda PCV. Conceito de Medicina Psicossomática. In:Laudanna, AA. org. Gastroenterologia O inicia. São Paulo: Santos, 1999, p.11-38.. Quando a identificação é eficiente e construtiva, o que é conhecido como empatia, tem-se maior chance de uma boa relação médico-paciente. Por outro lado, a identificação parcial é encarada como um dos elementos fundamentais da gênese das doenças iatrogênicas99. Arruda PCV. Conceito de Medicina Psicossomática. In:Laudanna, AA. org. Gastroenterologia O inicia. São Paulo: Santos, 1999, p.11-38.).

Alguns estudos avaliaram a concordância entre o diagnóstico e a doença que o paciente refere possuir em entrevista após consulta, buscando indiretamente a identificação entre médicos e pacientes. Freidin e colaboradores encontraram discordância completa, inclusive em relação à origem da doença (se orgânica ou psicossomática) em 27% de 439 consultas avaliadas 1°. Taylor e colaboradores, em 200 consultas, encontraram 30,5% de discordância em relação ao motivo da consulta (retorno, obrigação administrativa, tratamento de problema orgânico, problema emocional, social ou busca de conselhos), inclusive sem diferença estatística significativa quando comparada por sexo, idade, número de consultas anteriores ou grau de escolaridade1111. Taylor RB, Burdelle JA, Camp L, Edwards J. Purpose of the Medical Encounter: Identification and Influence on Process and Outcome in 200encounters in a Model Family Practice Center. J Fam Pract . 1980, 10 (3):495-500. A idéia da causa da doença de crianças entre mães e pediatras é incongruente na maioria das vezes.77. Thom DH, Campbell B. Patient-Physician Trust: An exploratory study. J Fam Pract . 1997; 44 (2): 169-176.

Para se avaliar a relação médico-paciente, é necessário observar se esta ocorre de maneira favorável, creditando como indispensável a empatia. Uma forma de avaliar a existência desse sentimento pode ser um protocolo aplicável tanto a médicos quanto a pacientes para comparar se ambos possuem a mesma visão da relação médico-paciente.

Este estudo procura encontrar frases que resumem atributos da relação médico-paciente comuns aos dois sujeitos desta relação, a fim de confeccionar um protocolo que permita quantificar a concordância entre médicos e pacientes.

CASUÍSTICA E MÉTODOS

Primeira fase

Numa primeira etapa do estudo, através de duas questões abertas voltadas para médicos e duas voltadas para pacientes (Quadro 1), buscou-se descobrir as principais qualidades de um médico na opinião deste e de pacientes. Os entrevistados foram médicos e pacientes do complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Das respostas obtidas, cinco grupos foram confeccionados: competência técnica, apresentação pessoal, empatia, habilidades de comunicação e compromisso/responsabilidade. Os grupos foram ordenados de acordo com levantamento bibliográfico da literatura mundial e através da observação das respostas, bem como pelos comentários dos revistados.

QUADRO 1

Segunda fase

Para cada atributo identificado na primeira fase do estudo foi confeccionada uma pergunta que melhor resumisse o mesmo atributo. Para cada pergunta, foram formuladas 14 respostas possíveis. Sob a forma de um questionário, foi pedido a pacientes, estudantes dos 5 e 6 anos do curso médico a médicos que escolhessem as cinco respostas que melhor respondessem à pergunta formulada. Não houve recusas em participar da pesquisa.

RESULTADOS

Quinze pacientes e 15 médicos responderam de forma espontânea às perguntas na primeira fase do protocolo (Quadro 1), fornecendo os cinco atributos descritos nas Tabelas de 1 a 5. Com base nestas respostas, em levantamento bibliográfico e em reuniões com professores da Disciplina De Clínica Geral da FMUS estabeleceram-se cinco atributos e as sentenças utilizadas como suas possíveis respostas.

Estes atributos foram apresentados a médicos, pacientes e estudantes durante a execução da segunda fase. Responderam às perguntas 13 médicos com média de idade 28,46 ± 2,47 anos,85% do sexo masculino,15 estudantes de Medicina com média idade 24,06 ± 0,99 anos, 53% homens, e 12 pacientes com idade 33,0 ± 7.37 anos, sendo 36% Homens. A escolaridade dos pacientes entrevistados está resumida na Figura 1.

Figura 1:
Escolaridade dos pacientes entrevistados na segunda fase sob a forma de questionários dirigidos.

As Tabelas de 1 a 5 mostram as respostas mais escolhidas para cada atributo, com percentual cumulativo. Duas respostas no atributo competência técnica, uma resposta no atributo empatia uma resposta no atributo habilidades da comunicação não foram escolhidas por nenhum entrevistado, por isso foram omitidas da tabela e da análise.

TABELA 1
Percentual de escolha para “competência técnica”
TABELA 2
Percentual de escolha para “apresentação pessoal”
TABELA 3
Percentual de escolha para “empatia”
TABELA 4
Percentual de escolha para “habilidade de comunicação”
TABELA 5
Percentual de escolha para “compromisso e responsabilidade”

Para todos os atributos é possível observar porcentagens sempre bastante próximas para médicos, internos e pacientes. Considerando as respostas dadas para cada questão e utilizando o teste não paramétrico Wilcoxon para comparar as respostas, médicos e pacientes possuem a mesma distribuição estatística (Tabela 6). Internos e pacientes divergem no atributo apresentação pessoal (p < 0,05). Entre médicos e internos, a divergência é ainda maior, sendo significante nos atributos apresentação pessoal empatia e compromissos/responsabilidade

TABELA 6
Comparação entre respostas de médicos e pacientes (valores de P)

DISCUSSÃO

Médicos, pacientes e estudantes de Medicina interpretaram com bastante proximidade os atributos que podem definir relação médico, paciente. A identificação das expectativas esperadas nesse encontro pode ser importante instrumento para melhor identificar e entender o processo de empatia entre médicos e pacientes.

A pesquisa efetuada na primeira fase deste estudo demonstrou o que pode ser encontrado na literatura. Tanto a competência técnica quanto as características pessoais - como empatia e compromisso/responsabilidade - são importantes para a satisfação do paciente11. Fletcher RH, O'Malley MS, Earp JA, Liltleton TA, Fletcher SW, Greganti MA, Davidson RA, Taylor J. Patients' Priorities for Medical Care. Med Care.1983, 21(2): 234-242.),(77. Thom DH, Campbell B. Patient-Physician Trust: An exploratory study. J Fam Pract . 1997; 44 (2): 169-176..

Langley, utilizando também perguntas abertas sobre o médico ideal, agrupou as respostas em quatro atributos: competência técnica , relacionando com pacientes, compromisso e relação médico de família especialista. O relacionamento com pacientes englobou empatia e habilidades da comunicação1212. Langley GR, Till JE. Exemplary family physicians and consultants: empirical definition of contemporary medical practice. CMAJ.1989; 141:301-307.. Torio Durantez, ao pesquisar satisfação e preferências na relação médico-paciente, reafirma a importância das habilidades da comunicação e do compromisso/responsabilidade1313. Tório Durantez J, Garcia Tirado MC. Relación médico-paciente y entrevista clínica (y II): opinión y preferencias de los médicos. Atención Primaria; 1997. 19 (1): 27-34.. Delbanco, da mesma forma, observa a relação médico paciente nos seguintes atributos: empatia, comunicação, integração da atenção médica, conforto médico, suporte emocional e envolvimento com a família e amigos, e continuidade1414. Delbanco TL. Enriching the doctor patient relationship by inviting the patient's perspective. Ann intern Med. 1992; 116(5): 414-418.. Greene demonstrou que pacientes idosos consideram importante compromisso e, principalmente, habilidades da comunicação (prover informações, não utilizar sentenças negativas)44. Greene MG, Adelman RD, Friedman E, Charron RI. Older patient satisfaction with communication during an initial medical encounter. Soc Sci Med. 1994;9: 1279-1288..

No atribulo empatia, notamos que “transmitir confiança ao paciente”, “demonstrar interesse pelo paciente” e “dar oportunidade para o paciente falar” estão entre as primeiras colocações. Entretanto, Williams demonstrou que 38% dos pacientes se sentem incapazes de discutir problemas pessoais com seu médico1515. Williams SJ, Calman M. Key determinants of consumer satisfaction with general practice. Fam Pract.1991: 8 (3): 237-242.. A sentença menos votada foi sobre-se interessar pela vida pessoal do paciente. Paradoxalmente, Yaffe observou que 90% dos pacientes querem ser perguntados sobre problemas não médicos, como fatos da vida do paciente1616. Yaffe MJ, Stewart MA. Patients' attitudes lo the relevance of nonmedical problems in family medicine care. J Fam Pract .1986; 23 (2):241-244..

No atributo competência técnica, entre os mais votados temos “estudar sempre para aumentar seus conhecimentos” e “conhecer não só sua especialidade, mas também as outras”, ao passo que foram menos votados “basta ao médico conhecer profundamente as doenças da sua área” e “o médico deve ser muito bom em sua especialidade, não precisando conhecer profundamente as demais especialidades”. Este resultado demonstra que o paciente prefere médicos com visão mais generalista. Entre as menos votadas, temos a sentença, “o médico deve proporcionar um atendimento agilizado”. Willians encontrou que 25% dos pacientes estavam insatisfeitos com a duração de sua consulta médica. Provavelmente, o paciente valoriza ma.is a dedicação do médico, independentemente do tempo da consulta, do que uma consulta rápida, porém ágil1515. Williams SJ, Calman M. Key determinants of consumer satisfaction with general practice. Fam Pract.1991: 8 (3): 237-242..

No atributo apresentação pessoal, notamos, pelo padrão de escolha, que a apresentação do médico não está diretamente ligada ao vestuário, visto que as sentenças mais voltadas se referiam a aparência saudável e a vícios (tabagismo e etilismo). Da mesma forma, um estudo com adolescentes mostrou que para 43%0 modo como o médico se veste é indiferente1717. Neinstein LS, Stewart D, Gordon N. Effect of physician dress style on patient-physician relationship. J Adolesc Health Care. 1985; 6 (6):456-9..

Quanto ao atributo habilidades da comunicação, notamos que “utilizar o mesmo nível de linguagem do paciente” e escrever de maneira legível foram mais votados que “não economizar palavras ao escrever a receita” ou mesmo “utilizar imagens se necessário para explicar a doença que o paciente possui”. Tório Durantez, ao entrevistar médicos, observou que as habilidades de comunicação incluem usar palavras compreensíveis e esclarecer dúvidas no fim da consulta1313. Tório Durantez J, Garcia Tirado MC. Relación médico-paciente y entrevista clínica (y II): opinión y preferencias de los médicos. Atención Primaria; 1997. 19 (1): 27-34.. Segundo Gabei, a facilidade de comunicação é um dos fatores que influenciam a continuidade do paciente com o mesmo médico88. Gabel LL, Lucas JB, Westbury RC. Why do patients continue to see the same physician?. Fam Pract Res J. 1993; 13 (2): 133-47.. Em estudo realizado em nosso meio, pacientes conseguiam repetir com mais precisão as orientações médicas quando eram recebidas por escritos e, principalmente, quando eram legíveis1818. Kiyohara LY, Kayano LK, Kobayashi MLT, Alessi MS, Yamamoto MU, Yunes-Filho PRM, Pessoa RR, Mandelbaum R, Okubo SR, Watanuki T, Vieira JE. The patient-physician interactions as seen by undergraduate medicine students. São Paulo Med Journal. 2001:119 (3):101-104..

No atributo compromisso e responsabilidade, entre as sentenças menos votadas, uma representa uma relação médico-paciente baseada na autonomia deste último: “o médico deve oferecer ao paciente todas as opções para permitir sempre ao paciente escolher exames”. Isto pode sugerir resquícios da relação médico-paciente tradicional, baseada na postura paternalista do médico.

Apesar das diferenças de idade, gênero e grau de escolaridade entre as amostras estudadas (médicos, estudantes e pacientes), os três grupos escolheram de forma bastante próxima as frases que resumem cada atributo da relação médico-paciente. Entre médicos e pacientes não foi encontrada diferença significativa na distribuição das respostas.

Os dados deste estudo são muito úteis por oferecerem limites ao viés de interpretação de texto na elaboração de um protocolo. Sendo originado por médicos e pacientes, é passivo esperar que cada frase tenha o mesmo peso entre estes grupos. Foi também acrescentada a opinião de estudantes de Medicina. Neste aspecto, Arruda ressalta a diferença entre as visões de estudantes de Medicina e pacientes em depoimentos espontâneos. Enquanto os primeiros julgam “estar usando o paciente”, os últimos demonstram respostas positivas, como "é preciso colaborar”1919. Arruda, PCV. As relações entre alunos, professores e pacientes. In: Millan LR, De Marco OLN, Rossi E, Arruda PCV, org. O universo psicológico do futuro médico. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999. p.43-73.. Esta discordância sugere reflexos negativos na relação aluno-paciente,o que poderia também ser avaliado e por isso foi incluído na pesquisa. Neste estudo, houve discordância em apenas um atributo (apresentação pessoal). No entanto, para o mesmo quesito, a discordância é ainda maior entre médicos e estudantes.

Neste estudo, médicos, pacientes e estudantes de Medicina interpretaram com bastante proximidade os atributos que podem definir a relação médico - paciente. É Possível que muitos dos problemas envolvidos nessa relação médico - paciente decorram do fato de que esses protagonistas vêem tal relação de modos distintos. No entanto, não se instituiu um instrumento para avaliar este falso ou para determinar em que aspectos a visão do médico difere da do paciente, uma vez que não se observaram diretamente consultas médicas. Todavia, a identificação de atributos ou de expectativas aguardadas desse encontro pode se firmar como instrumento. Observar a concordância ou ordem de importância por meio de protocolos aplicáveis tanto a médicos quanto a pacientes pode ser um primeiro passo para um estudo mais detalhado desse encontro fundamental no exercício da Medicina.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • 1
    Fletcher RH, O'Malley MS, Earp JA, Liltleton TA, Fletcher SW, Greganti MA, Davidson RA, Taylor J. Patients' Priorities for Medical Care. Med Care.1983, 21(2): 234-242.
  • 2
    Fennema K, Meyer DL and Owen N. Sex of Physician: Patients' Preferences and Stereotypes. J Fam Pract.1990: 30 (4):441-446.
  • 3
    Murray-Garcia JL, Selby JV, Schmittel J, Grumbach K, Quesenberry CP. Racial and Ethnic Differences in a Patient Survey. Med Care . 2000;38 (3): 300-310.
  • 4
    Greene MG, Adelman RD, Friedman E, Charron RI. Older patient satisfaction with communication during an initial medical encounter. Soc Sci Med. 1994;9: 1279-1288.
  • 5
    Francis PHNV, Korsch BM, Morris MJ. Gaps in doctor-patient communication. New Eng J Med. 1969; 280(10): 535-540.
  • 6
    Korsch MB, Gozzi EK, Francis PHNV. Gaps in doctor-patient communication. Pediatrics.1968; 42 (5): 855-871.
  • 7
    Thom DH, Campbell B. Patient-Physician Trust: An exploratory study. J Fam Pract . 1997; 44 (2): 169-176.
  • 8
    Gabel LL, Lucas JB, Westbury RC. Why do patients continue to see the same physician?. Fam Pract Res J. 1993; 13 (2): 133-47.
  • 9
    Arruda PCV. Conceito de Medicina Psicossomática. In:Laudanna, AA. org. Gastroenterologia O inicia. São Paulo: Santos, 1999, p.11-38.
  • 10
    Fucidin RB, Goldman L, Cecil RR. Patient-Physician concordance in problem identification in the primary care setting. Ann intern Med. 1980, 93: 490-493.
  • 11
    Taylor RB, Burdelle JA, Camp L, Edwards J. Purpose of the Medical Encounter: Identification and Influence on Process and Outcome in 200encounters in a Model Family Practice Center. J Fam Pract . 1980, 10 (3):495-500
  • 12
    Langley GR, Till JE. Exemplary family physicians and consultants: empirical definition of contemporary medical practice. CMAJ.1989; 141:301-307.
  • 13
    Tório Durantez J, Garcia Tirado MC. Relación médico-paciente y entrevista clínica (y II): opinión y preferencias de los médicos. Atención Primaria; 1997. 19 (1): 27-34.
  • 14
    Delbanco TL. Enriching the doctor patient relationship by inviting the patient's perspective. Ann intern Med. 1992; 116(5): 414-418.
  • 15
    Williams SJ, Calman M. Key determinants of consumer satisfaction with general practice. Fam Pract.1991: 8 (3): 237-242.
  • 16
    Yaffe MJ, Stewart MA. Patients' attitudes lo the relevance of nonmedical problems in family medicine care. J Fam Pract .1986; 23 (2):241-244.
  • 17
    Neinstein LS, Stewart D, Gordon N. Effect of physician dress style on patient-physician relationship. J Adolesc Health Care. 1985; 6 (6):456-9.
  • 18
    Kiyohara LY, Kayano LK, Kobayashi MLT, Alessi MS, Yamamoto MU, Yunes-Filho PRM, Pessoa RR, Mandelbaum R, Okubo SR, Watanuki T, Vieira JE. The patient-physician interactions as seen by undergraduate medicine students. São Paulo Med Journal. 2001:119 (3):101-104.
  • 19
    Arruda, PCV. As relações entre alunos, professores e pacientes. In: Millan LR, De Marco OLN, Rossi E, Arruda PCV, org. O universo psicológico do futuro médico. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999. p.43-73.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Jun 2021
  • Data do Fascículo
    Jan-Apr 2002

Histórico

  • Recebido
    24 Out 2001
  • Aceito
    26 Nov 2001
Associação Brasileira de Educação Médica SCN - QD 02 - BL D - Torre A - Salas 1021 e 1023 , Asa Norte | CEP: 70712-903, Brasília | DF | Brasil, Tel.: (55 61) 3024-9978 / 3024-8013 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: rbem.abem@gmail.com