Resumo:
Introdução:
A residência médica pode causar a síndrome de burnout, um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema.
Objetivo:
Buscou-se com esta pesquisa descrever e analisar a prevalência de burnout em médicos residentes vinculados a um hospital-escola e verificar se há correlação com dados sociodemográficos e socioeconômicos.
Método:
Este é um estudo analítico, transversal e quantitativo realizado por meio do Maslach Burnout Inventory (MBI) versão Human Services Survey (HSS), do Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB) da Abep e de perguntas sociodemográficas.
Resultado:
Dos 221 residentes matriculados, 102 participaram da pesquisa. Destes, 76,47% apresentaram alto nível em pelo menos um dos três domínios do índice de burnout e 21,57% dos residentes exibiram alto nível de burnout. Houve relação significativa entre maior número de filhos e presença de exaustão emocional (p = 0,047), maior frequência de despersonalização para residentes da área cirúrgica (p = 0,013) e reduzida realização profissional com a renda média de R$ 2.965,69 e R$ 10.386,52 (p = 0,006). Não foi encontrada relação significativa entre burnout e as variáveis sociodemográficas e socioeconômicas.
Conclusão:
Os resultados evidenciam que os médicos residentes estão expostos a situações que contribuem para os altos níveis de estresse e angústia. Ainda são necessários mais estudos sobre o tema.
Palavras-chave:
Burnout; Esgotamento Profissional; Corpo Clínico Hospitalar; Médicos Residentes; Depressão