Resumo:
Introdução:
A educação médica no Brasil vem enfrentando um importante processo de expansão. Essa realidade foi fortemente influenciada por programas e políticas educacionais implementados principalmente nas últimas décadas.
Objetivo:
O estudo teve como objetivo traçar um panorama da formação e da avaliação dos cursos de graduação em Medicina no contexto nacional.
Método:
Foi realizada uma pesquisa documental e descritiva, de abordagem quantitativa. O levantamento de dados ocorreu por meio de dados provenientes da Sistemática de Avaliação Nacional da Educação Superior do Ministério da Educação disponibilizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, órgão que coordena e gerencia dados relativos aos processos de regulação, avaliação e supervisão da educação superior no sistema federal de educação. Foram analisados 20 anos de oferta de cursos de Medicina no Brasil (2000-2019).
Resultados:
No período em estudo, o número de escolas médicas apresentou um crescimento de 214,9%. No total, analisaram-se 337 cursos de graduação em Medicina em atividade vinculados a instituições de ensino superior públicas (35%) e privadas (65%), perfazendo 34.585 vagas anuais ofertadas. Os cursos estão distribuídos nas 27 unidades federativas brasileiras, com maior e menor concentração de vagas e escolas médicas nas Regiões Sudeste e Norte, respectivamente. A média nacional do número de vagas/ano foi de 1.280,9 vagas/ano e da razão vagas/habitantes foi de 16,5 vagas/100 mil habitantes. A maioria dos cursos obteve conceito três nos indicadores de qualidade propostos pelo Ministério da Educação.
Conclusão:
O ensino da Medicina no Brasil vem passando por importante processo de expansão, e este é fundamentalmente privado e mal distribuído pelo país, e apresenta indicadores de qualidade mínimos para manutenção do seu funcionamento.
Palavras-chave:
Medicina; Avaliação Educacional; Educação Superior; Instituições de Ensino Superior