Resumo:
A partir da consideração de que o Sistema Único de Saúde, por mandato constitucional, deveria “ordenar” o processo de formação profissional na área da saúde e com base na importância da força de trabalho que ele absorve, os autores exploram as possibilidades de integração do processo de aprendizagem à rede de serviços de saúde. Na busca de reorientar a formação, tratam de estimular uma atuação interdisciplinar multiprofissional por meio da construção de um novo modelo pedagógico que equilibre a excelência técnica e a relevância social, com métodos de ensino-aprendizagem centrados no aluno e desenvolvidos como processo permanente, com base nas relações de parceria da universidade com os serviços de saúde, com a comunidade, com as entidades e outros setores da sociedade civil. Os autores propõem um sistema de incentivos às instituições de ensino superior, visando maior sintonia com o paradigma da integralidade. Para isto, estabelecem um mecanismo de acompanhamento classificatório que congrega os distintos eixos de um processo de mudança da organização de uma instituição de ensino na direção proposta, que incluem: a orientação teórica predominante na instituição, a abordagem pedagógica e os cenários de práticas, cada um deles abrindo-se em três vetores que marcam o grau de avanço nas mudanças em curso. Com isso, conformam uma tipologia em um “perfil radical de avaliação” da tendência a alcançar o paradigma proposto. Não se avalia com este instrumento a qualidade da instituição ou do programa, senão sua posição em relação ao SUS.
Descritores:
Educação médica - tendências; Sistemas de saúde; Integração docente-assistencial