Resumo
Introdução:
A residência médica é o padrão ouro para formação em medicina de família e comunidade. Na última década houve aumento substancial de vagas sem a avaliação da qualidade dos programas.
Objetivo:
Este estudo teve como objetivos observar e qualificar a percepção dos preceptores da residência nessa área.
Método:
Aplicou-se um questionário qualiquantitativo no estado de São Paulo, com análise estatística descritiva e elaboração da matriz FOFA associada à tríade de Donabedian a partir da análise de conteúdo dos entrevistados.
Resultado:
A amostra foi de 64 preceptores em 27 programas, com mediana de idade de 37 anos e composta de 52% de mulheres. A distribuição mais prevalente é de dois residentes por preceptor, e 67% atuam também com a graduação. Da amostra, 56,7% possuem residência médica e 13,4% são titulados, além de 82% com cursos em preceptoria. A análise qualitativa aponta a formação em preceptoria e o aumento de especialistas como pontos relevantes, mas ainda há a dificuldade com a organização dos serviços e o baixo apoio da gestão municipal.
Conclusão:
Embora haja preceptores com formação adequada, ainda é necessário seu incremento ante o aumento do número de vagas desproporcional à capacidade instalada. Melhoria das condições estruturais e maior apoio dos municípios serão necessários de acordo com a percepção dos preceptores em medicina de família e comunidade.
Palavras-chave:
Internato e Residência; Atenção Primária à Saúde; Avaliação dos Serviços de Saúde; Medicina de Família e Comunidade