| Motivação/expectativa para participar dos grupos |
“Quando [...] surgiu esse chamado, eu nem pensei muito, falei: ‘Não, eu vou entrar, porque aí vai ser o momento de eu conhecer mais as pessoas’, porque eu tava muito sozinha” (Feminino, 22 anos, Medicina). |
| Grupos, pandemia e isolamento social |
“A falta desse convívio todos os dias, que seria o presencial pré-pandemia, impossibilita esse desenvolvimento de vínculo. Acho que o peer ajuda bastante a criar vínculos sem ter esse contato presencial” (Feminino, 23 anos, Medicina). |
| Pertencimento e vínculo |
“Eu tinha a sensação de que eu não [...] devia tá na Medicina, eu não tava apropriada pra tá nesse lugar assim. E eu acho que o grupo teve esse papel na minha vida assim que foi muito importante, hoje eu me sinto muito parte e muito, é, tenho uma relação muito melhor com a minha... com a graduação” (Feminino, 26 anos, Medicina). |
| Percepções sobre pares |
“Eu acho que juntar [...] estudantes da área da saúde, são pessoas que passam basicamente pelas mesmas coisas, então independente de você ser aluno da Medicina, você ser aluno da Enfermagem, você tem mais ou menos noção de como funcionam as coisas. [...] Então me parece que é mais fácil de encontrar um apoio assim, porque essas pessoas entendem o que tá passando” (Feminino, 23 anos, Medicina). |
| “Eu acho que eu consegui também formar muitas amizades, fora do curso da Fono, que foi uma coisa essencial, até pra uma questão de trabalho, da multidisciplinaridade” (Feminino, 19 anos, Fonoaudiologia). |
| Percepções sobre suporte |
“E aí quando você vê que o outro também sente, o outro também sofreu isso, passou por coisas parecidas, você tem uma sensação de acolhimento [...] eu consegui ver que tinham pessoas que estavam vivendo aquelas mesmas coisas ou coisas parecidas e realmente eu me senti acolhida e pertencendo à faculdade” (Feminino, 19 anos, Medicina). |
| “Eu acho que a vontade de se ajudar, de tá ali segurando a mão do outro [...]. Significa pra mim quando, sei lá, comentava alguma coisa ou alguém trazia uma coisa semelhante, e a gente não deixava, por exemplo, a pessoa lá se sentindo sozinha [...]. Sempre tentavam trazer e conversar comigo, mostrar experiências que já passaram semelhantes” (Feminino, 19 anos, Fonoaudiologia). |
| Grupos como espaços para desabafos |
“Eu tenho um pouco de dificuldade de falar em grupo [...]. Com o tempo, eu fui melhorando, conhecendo as pessoas um pouco mais, passando mais tempo com o grupo, aí [...] eu consegui me soltar um pouco mais” (Feminino, 27 anos, Enfermagem). |
| Percepção de mudanças e aprendizados |
“Me ensinou também a escutar, porque às vezes as coisas que me afetam não são as coisas que afetam as outras pessoas. [...] E eu acho que foi muito de entender o ritmo das outras pessoas. [...] Então eu aprendi que, quando você espera o ritmo do outro, quando você entende o ritmo de outra pessoa, você pode compreender e permitir que a pessoa se expresse” (Feminino, 20 anos, Medicina). |
| “Eu me sentia mais perto da área da saúde, porque acaba que [...], nos nossos atendimentos, a gente vai ter que ouvir muito as pessoas e sempre acolher elas. Eu acho que foi uma ótima experiência poder estar acolhendo os outros. Eu me sentia bem com isso, me sentia mais próxima da minha futura realidade” (Feminino, 19 anos, Fonoaudiologia). |
| Problemas e dificuldades encontrados |
“Eu sinto que, no final do grupo, a gente tava conversando amenidades, e isso me incomodava muito porque eu não sabia o que fazer pra trazer o grupo de volta ao que ele era antes, sabe?” (Feminino, 23 anos, Medicina). |
| Percepções sobre a estrutura formal do grupo |
“Acho que a expressão apoio mútuo faz muito sentido dentro do grupo, porque é literalmente isso, um grupo de pessoas que às vezes nem se conhecem, cujo único objetivo é, não o único objetivo, mas assim, um dos principais objetivos é ajudar uns aos outros e, nesse meio do caminho, ser ajudado também” (Feminino, 23 anos, Medicina). |
| “Acho que é lugar de compartilhar [...], você leva alguma coisa que está acontecendo contigo, e aquela coisa ali acaba sendo também problema que outras pessoas do grupo têm, e acaba ligando várias reflexões. [...] Um lugar para compartilhar realmente questões da nossa vida assim, e ser apoiado” (Masculino, 26 anos, Medicina). |
