A (organização da unidade)
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A1 |
Espaço físico |
Consultórios |
PRM1 e PRM6: Construção de unidades-escola que comportem residentes e alunos (nota 4). |
PRM2: Número de salas insuficiente para comportar todos os médicos assistentes mais o residente (nota 1). |
PRM2: Residente: há falta de uma sala - seis salas de consultório para distribuir entre sete pessoas, já que sempre um consultório está sem acesso (o que não foi vivenciado na residência pela ausência de um profissional com agenda - escala de sala Covid). Gestão municipal: há rodízio de consultórios, não sendo possível garantir o consultório em 100% do tempo necessário. |
Procedimentos |
PRM3: Atividades desenvolvidas em nível secundário (com maior número de materiais e procedimentos) e matriciamento do profissional especialista na atenção primária à saúde (APS) para ampliar ações na unidade (nota 4). |
PRM2: Citologia - apenas enfermagem, coleta. PRM5: Não é pactuado que a atenção primária realize procedimentos, exceto DIU e lavagem otológica. Falta de material para realizar pequenos procedimentos na APS, comprado com verba do preceptor (quando o preceptor deseja fazer) (nota 1). |
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A (organização da unidade)
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A2 |
Agenda da unidade |
Agenda do residente |
PRM1 e PRM6: Preceptores presentes 40 horas e sempre disponíveis (mesmo realizando a graduação - agenda do preceptor) (nota 4). |
PRM2: Contrato CLT para 15 horas, dividindo equipe com o preceptor (obrigatória meta de 20 horas de atendimentos, visitas domiciliares etc.). Para atingir essa meta, o estágio optativo fora da unidade foi suspenso. Discussão de casos via WhatsApp, pois o preceptor está com agenda simultânea, já que o horário em comum é de 20 horas/semana. Agenda para reunião é protegida (nota 1). PRM4: Os residentes do segundo ano ficam sozinhos nas unidades rurais. Os dois preceptores são contratados 20 horas/semana para duas unidades e todos os residentes. Discussão de casos uma hora por semana. A agenda de visitas e reuniões depende da demanda assistencial e “orientação da Secretaria de Saúde” (nota 1). |
PRM2: Percepção da gestão de que o residente tem 35 horas para atingir meta de 20 horas, sendo factível atender aos casos e discuti-los, independentemente da organização e agenda do preceptor simultânea. Agenda de 15 em 15 minutos, já que poucas vezes encontra o preceptor ao longo da semana (residente). Já houve discussões com a gestão quanto à residência para “tocar o de serviço” versus aprendizado (preceptor/supervisor da residência). PRM4: Percepção da gestão de que há uma orientação de manter visitas domiciliares e horários de discussão de casos, sendo suficiente. Residente e supervisor do programa relatam orientações da Secretaria Municipal em suspender visitas domiciliares, reuniões de equipe e discussão de casos em detrimento da assistência direta. |
Tamanho populacional |
PRM1: Máximo 3.000 (nota 4). PRM2 e PRM5: 3.000-3.500 (nota 4). |
PRM3: 5.000-7.500 (nota 1). PRM4: 3.500 (assume equipe) a 5.000 (nota 1). |
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A3 |
Relação gestão-residência |
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PRM6: Gestão não interfere na agenda da unidade ou no volume de atendimentos, mesmo com o residente recebendo bolsa. Percepção de apoio e construção conjunta. Dificuldade na estruturação de recursos humanos nas unidades (temporário) e de troca de informações entre a Secretaria de Saúde e a universidade (nota 3). |
PRM2: Ver agenda do residente. Orientações e organizações pela gestão municipal (nota 1). PRM5: Atritos da residência com a gestão da unidade de saúde, principalmente por indicação política de pessoas não técnicas. Mudanças repentinas das agendas sem pactuação. O aumento da residência no último ano desorganizou a estrutura do PRM-MFC no município (percepção do residente, preceptor e supervisor). Gestor tem a percepção de que o aumento da residência deixou o ambiente menos harmônico, sendo mais difícil de controlar todas as unidades com mais residentes (nota 1). |
PRM2: A percepção do supervisor do programa foi a gestão ouvindo as demandas, mas não mudou pelas dificuldades devido à pandemia. A resposta do residente foi enfática: não ajudou em dois anos. |
B (recursos humanos)
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B1 |
Preceptor é residente ou titulado em MFC |
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PRM5: Contratação obrigatória dos preceptores com título/residência em MFC acrescida da obrigatoriedade de formação em curso de preceptoria (nota 4). |
PRM3: Formação da residência em unidades básicas tradicionais com clínico, ginecologista-obstetra e pediatra, mantendo a conformação até o momento, mas com a presença de especialistas em MFC presentes na unidade (principalmente com a atuação clínica do adulto) (nota 2). |
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B2 |
Formação complementar |
Educação permanente ocorrendo na unidade de saúde da família (USF) |
PRM6: Após a reunião de equipe, há a discussão de temas pertinentes à unidade (por escolha da equipe, geralmente, mas também escolhidos pelo residente/preceptor), mas com diminuição durante a pandemia de Covid-19 (nota 3). |
PRM3: Pressão da Secretaria Municipal para assistência em detrimento da formação da equipe (nota 0). PRM4: Presença de educação continuada verticalizada pela Secretaria de Saúde, via EaD, mas com baixo acesso e dificuldade de organização da rede (nota 0). PRM6: A gestão oferta espaços na agenda para educação permanente, mas não são todas as equipes que a utilizam, apenas fecham a agenda (nota 3). |
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Educação continuada/ liberação para atividades |
PRM1 e PRM6: Liberação do preceptor mediante acordo e aviso prévio à Secretaria Municipal de Saúde, o que considerado um direito do servidor/profissional (nota 4). |
PRM4: Presença de educação continuada verticalizada pela Secretaria de Saúde, via EaD, mas com baixo acesso e dificuldade de organização da rede. Portaria durante a pandemia impedindo a liberação dos profissionais para cursos (nota 0). |
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B3 |
Teoria sobre a MFC |
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Geral: Aulas no primeiro ano sobre a especialidade em MFC e atuação em unidades de saúde da família com especialistas em MFC (nota 4). PRM6: Arguição do currículo na prova de residência para compreender se o candidato a residente conhece a especialidade (nota 4). |
PRM3: Apresentado na primeira semana de atividade, mas toda a atuação ocorre em unidades básicas de saúde de modelo parametrizado (clínico, ginecologista-obstetra e pediatra em unidades de saúde da família) (nota 2). PRM4: Matriciamento de ginecologistas e pediatras para os PRM-MFC, sem contrapartida de volume de atendimentos para esses profissionais (nota 3). |
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B (recursos humanos)
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B4 |
Apoio financeiro (bolsa) |
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Geral: Pagamento de bolsa além do salário para atuar como preceptor, mediante realização de atividades: aulas teóricas, aulas práticas, número de residentes sob sua supervisão, entre outras (nota 4). |
PRM2: Sem apoio financeiro para ser preceptor na unidade, mas recebe por aulas realizadas no PRM-MFC (nota 1). PRM4: Contratação tipo bolsa de preceptoria, sem receber salário para ser preceptor e/ou médico da unidade (nota 1). PRM5: Bonificação variável de acordo com o número de residentes (1-5) e número de aulas ofertadas no PRM (nota 4). |
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C (relação preceptor-residente)
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C1 |
Três residentes por preceptor (primeiro e segundo anos) |
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PRM3 e PRM5: Variação de dois a quatro residentes por preceptor, maioria dos preceptores com no máximo três residentes (nota 3). |
PRM4: Dois preceptores para 14 residentes (nota 0). |
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C2 |
Cinco alunos por preceptor (residente e graduação) |
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PRM1: Máximo de três alunos para os dois preceptores, além dos quatro residentes, e os alunos atendem à agenda do preceptor (nota 4). PRM2: O preceptor da residência não atua com a graduação, por definição contratual com a universidade (nota 4). |
PRM4: Mesmo sem graduação junto com a residência, a média é de sete alunos (residentes + graduandos) por preceptor (nota 0). PRM5: Há um excessivo número de cursos de Medicina que utilizam a rede como campo de estágio em todos os anos, elevando o número de alunos sob supervisão do preceptor, que divide a preceptoria dos discentes com os residentes do segundo ano (nota 0). |
PRM6: É comum a universidade inserir alunos de graduação na APS sem consultar a Secretaria Municipal sobre a possibilidade de uso da unidade, justamente pelo fato de o preceptor de residência ser docente da graduação em Medicina na mesma unidade (nota 4). |