Influência do sexo, da privação de plantas hospedeiras e da presença de imaturos coespecíficos no comportamento canibal de Ascia monuste orseis (Godart) (Lepidoptera, Pieridae) selvagens. A curuquerê-da-couve, A. monuste orseis (Lepidoptera, Pieridae), alimenta-se de plantas da família Brassicaceae, mas ingere ovos e larvas coespecíficos, quando disponíveis, durante a fase larval. O comportamento alimentar de lagartas de 4º e 5º ínstares foi estudado em relação ao sexo e à privação de alimento afetando as taxas de canibalismo, e a presença de ovos coespecíficos afetando o comportamento alimentar. Foram mensurados: número de ovos ingeridos/larva, tempo de desenvolvimento, tamanho do adulto, fecundidade e duração dos comportamentos de alimentação, exploração e repouso. Lagartas privadas de couve apresentaram altas taxas de canibalismo, atraso no desenvolvimento e diminuição do número de oócitos. As taxas de canibalismo não foram influenciadas pelo sexo da larva. De um modo geral, a presença de ovos coespecíficos não interferiu na duração e na freqüência dos comportamentos de repouso, exploratório e alimentar. Concluímos que a disponibilidade de alimento é um fator que influencia fortemente na extensão do canibalismo por lagartas de A. monuste orseis.
Alimentação; Brassicaceae; canibalismo; insetos herbívoros
